Para garantir visibilidade no mercado, ampliar a comercialização e divulgar as características únicas dos queijos produzidos nas regiões do Serro e de Diamantina, produtores apoiados pelo Sebrae Minas participam da 7ª edição do Festival do Queijo Artesanal de Minas. A feira foi aberta nesta quinta-feira (12) e vai até sábado (14), em Belo Horizonte.
Raimundo Nonato Santa Rita é um dos produtores que está expondo e comercializando a iguaria no evento. Em sua família, a tradição queijeira já ultraa 70 anos. Após exercer a carreira Contábil e do Direito, decidiu voltar para o campo e seguir com o legado familiar. Hoje está à frente da queijaria que leva nome em homenagem a seu pai: “Sô Toní”, em Paulistas – Região do Serro.
“Nosso ‘modo de fazer’ combinado com o solo, clima e boas práticas de produção, torna nosso queijo único. Ele é de leve acidez com sabor acentuado, fato que torna a harmonização diferenciada”, afirma o produtor.
Queijo da Região do Serro
Símbolo da culinária mineira, o Queijo da Região do Serro leva o nome da ‘origem produtora’ por carregar há mais de 300 anos o mesmo modo de ser feito, preservado no dia a dia das fazendas da região. Cerca de 800 produtores e agricultores familiares de pequeno porte fazem parte da cadeia e transformam o queijo em um produto com enorme potencial econômico.
O queijo é protegido pela Indicação Geográfica (IG) desde 2011, na modalidade Indicação de Procedência (IP), que identifica e garante sua origem. O reconhecimento da IG se dá ao produto feito com leite cru, “pingo”, sal e coalho. O processo de maturação tem duração mínima de 17 dias.
Soma de esforços
O Sebrae Minas promove o Projeto de Desenvolvimento Territorial da Região do Serro: ‘Uma Só Região’, que agrega 11 municípios da microrregião produtora, e contempla iniciativas de apoio ao produtor, como: capacitações, feiras, criação do selo de Indicação Geográfica, governança e construção de experiências turísticas por meio da Rota do Queijo.
“A Região do Serro é uma das pioneiras no trabalho de valorização da origem. Caminhamos junto com o produtor para que seu queijo se torne cada vez mais reconhecido no mercado, com valor imaterial e econômico”, comenta o gerente do Sebrae Minas na Regional Jequitinhonha e Mucuri, Rogério Fernandes.
Valorização do Queijo
Para diferenciar o produto artesanal, o Sebrae Minas, em parceria com a Associação dos Produtores Artesanais de Queijo do Serro (Apaqs), criou a marca coletiva da Região do Serro, que expressa a cultura, a tradição, a culinária e a história colonial da região, contribuindo para unir ainda mais produtores e gerar senso de pertencimento. A marca é a tradução da estratégia de posicionamento de uma região, que expressa a sua identidade e que contribui com o seu desenvolvimento econômico, por meio de uma diferenciação sustentável e relevante de seus produtos e serviços.
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Assessoria de Imprensa Sebrae Minas – Regional Jequitinhonha e Mucuri
Samuel Martins (Stark)